O presidente Nacional do PRTB e ex-candidato à presidência da República Levy Fidelix disse hoje, no Recife, que será candidato a prefeito de São Paulo, em 2016, antes mesmo de voltar a disputar a presidência novamente, em 2018.
“Vou ser candidato a prefeito em São Paulo e vou tirar a passeata gay da Avenida Paulista. Vamos levar para o sambódromo, que é um local mais adequado, para quem quiser se exibir, sem prejudicar a mobilidade das outras pessoas”, declarou, nos bastidores da Rádio Jornal e depois ao vivo, em uma entrevista ao comunicador Geraldo Freire.
Levy Fidelix visita o Recife, nesta segunda-feira, para participar de um evento do PRTB, no Mar Hotel, com a filiação de novos partidários. “2016 está aí e precisamos reforçar a musculatura do partido”, disse.No ar, o ex-candidato agiu como uma metralhadora giratória, criticando o governo Dilma, os ministros, os partidos políticos e o PT, o TSE e o movimento gay.Ao começar o programa avaliando o governo Dilma, Levy disse que ela estaria perto do fim e que se elegeu graças apenas ao Bolsa Família, antes de prever o processo de impeachment.
“Os fundos de pensão americanos perderam mais de R$ 100 milhões ao investir na Petrobras. Em dois meses, até março, a Justiça americana vai confiscar os ativos brasileiros lá fora e esse crime de responsabilidade vai parar no STF. O processo de impeachment virá de fora para dentro do Brasil”, declarou.
Ao falar do mensalão, Levy Fidelix criticou o ex-ministro José Dirceu. “Consultoria? Isto é papo. O que ele faz é tráfico de influência. Como fez com a Anac, para prejudicar a Varig e ajudar a TAM, de quem era amigo, usando a sua indicada Denise Abreu. O que ele vendia para receber R$ 2 milhões de um empresário, R$ 4 milhões de outro?”, questionou. Também criticou o ex-ministro Márcio Tomaz Bastos. “Deus o tenha, mas este o diabo já carregou”.Nem o novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, escapou das críticas quando o assunto foi a formulação econômica do novo governo.
“O meu homônimo vai levar o Brasil a uma recessão terrível. Dilma deveria colocar no posto um industrial, uma pessoa que paga impostos e produz, não uma pessoa que trabalha para elevar os juros, para os bancos. O arrocho vai economizar R$ 20 bilhões. Só o aumento de 1% da Selic representa os mesmos R$ 20 bilhões. Trata-se de um crime de lesa pátria, eles estão drenando recursos para os bancos”, disse.
Ao relembrar o processo eleitoral do ano passado, o folclórico dirigente disparou contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “As eleições foram fraudadas. Estou acusando mesmo e quero que o TSE me processe, para poder provar. Eu não tive apenas 500 mil votos, tive 15 milhões de votos, mas as urnas são fraudáveis e fraudadas. Vejam o que aconteceu com o Aécio Neves…”.
No ar, ele prometeu pedir a cassação do registro dos partidos envolvidos no Petrolão, como o PT, o PP e o PMDB. “O TSE deveria ter a vergonha de suspender o fundo partidário destes partidos, envolvidos no Mensalão. Pergunta se tem partido envolvido no Petrolão. Não, só tem grandão”, comparou.Também alvejou o ministro Gilberto Kassab, que teria tomado dois deputados eleitos pelo PRTB. “Kassab é um serviçal, um moleque, da pior espécie possível. Então, vem o governo Dilma e estimula esse canalha a roubar deputados de outros partidos para desidratar o PMDB. Virou uma fusaca e o TSE tem culpa”, declarou.
O dirigente partidário também comentou a disputa na Câmara dos Deputados, onde o PT, o PSB e o PMDB buscam a presidência. “Vamos por eliminação. Como Arlindo Chinaglia é do PT, não voto nele de jeito algum. Estamos discutindo com Júlio Delgado o espaço que ele pode reservar para os partidos pequenos. Eduardo Cunha ainda não me telefonou”.
Uol
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