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MÉDICOS FAZEM PROTESTO EM RIBEIRÃO PRETO

  • Jorge Pereira:Jornalista-DRT 0005599/BA - 04/07/2013
                       

Profissionais da saúde aderiram a ato nacional contra a contratação de estrangeiros sem revalidação de diploma

Ronny Santos / Especial
“Não falta médico, falta estrutura organizada, plano de carreira e um projeto de interiorização da medicina”, afirma a presidente do Centro Médico de Ribeirão Preto e da regional da Associação Paulista de Medicina, Cleusa Cascaes Dias.
Nesta quarta-feira (3), ela e cerca de trezentos médicos da cidade foram para as ruas em manifestação contra a contratação de médicos estrangeiros, sem revalidação de diplomas, para atendimento na rede pública.
Os médicos se reuniram na Esplanada do Theatro Pedro II e caminharam pelo calçadão até a prefeitura.
“O governo apresentou uma solução eleitoreira, que esconde as mazelas do sistema de saúde”, diz Cleusa. Segundo a médica, além de não falar o português, o profissional estrangeiro aplica métodos diferentes dos aprovados pelos conselhos de medicina do Brasil. “Em Cuba, por exemplo, os soropositivos ficam em quarentena. Essa é uma política diferente da nossa”, comenta.
“Trazer médicos cubanos é jogar a culpa de um sistema em cima de uma categoria. O governo quer vender a ideia de que, com os estrangeiros, os problemas acabaram”, diz o presidente da regional do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo, Renato Arena.
“Estamos de luto pela saúde”, afirma o superintendente do Conselho Regional de Medicina, Eduardo Luiz Bin.
Segundo o médico residente do Hospital das Clínicas, Paulo Tubino, os profissionais da saúde não têm medo da concorrência estrangeira, mas estão preocupados com a qualidade do atendimento que será oferecido por eles.
“Nos últimos três anos, a taxa de reprovação na revalidação do diploma foi de 90%. E é uma prova básica, muito mais fácil do que a de residência”, afirma.
Durante a passeata, comerciantes e populares apoiaram a manifestação dos médicos. “O que falta nos postos de saúde é estrutura. Hoje mesmo estava na UBDS Cuiabá e vi que os médicos precisam de mais condições para trabalhar”, comenta a dona de casa Marieli Pereira dos Santos, de 25 anos.
Ribeirão não precisa de estrangeiros
Segundo a assessoria da prefeitura de Ribeirão Preto, a cidade não precisa contratar médicos estrangeiros, pois há profissionais em quantidade e com qualificação suficientes para atender a população.
Sobre a reivindicação de mais recursos para a saúde, a prefeitura afirma que “o município compromete um terço de seu orçamento com despesas de saúde, ultrapassando em muito o limite de 15% preconizado pela Constituição Federal”, diz a nota da assessoria.
A paralisação desta quarta não causou transtornos na Santa Casa e no Hospital das Clínicas (HC). Não foi divulgado o número de pacientes que deixou de ser atendido no total pelos dois hospitais.
No HC, o centro cirúrgico não funcionou nesta quarta para cirurgias agendadas. Já na Santa Casa, a informação é de que os funcionários reagendaram os pacientes eletivos, que correspondem a cerca de 40% do número de atendimentos realizados no hospital de forma geral. Os atendimentos de Urgência e Emergência foram mantidos.

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